Nobel da Paz elogia Portugal por aposta nas renováveis
O presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU e prémio Nobel da Paz, Rajendra Pachauri, declarou hoje que "a humanidade está a aproximar-se do precipício" e que Portugal parece estar no bom caminho para o evitar.
O galardoado com o Nobel da Paz juntamente com Al Gore em 2007 foi o orador da conferência "Alterações Climáticas e o Desafio do Desenvolvimento Sustentável", iniciativa no âmbito do Programa Futuro Sustentável, lançado em 2007 pelo Expresso e pelo BES.
Segundo Rajendra Pachauri, "a humanidade está a aproximar-se do precipício" e se não mudar os passos cai nele.
A capacidade dos ecossistemas e da sociedade conseguirem absorver a deterioração dos recursos naturais da Terra foi ultrapassada em meados dos anos 1980, assinalou o cientista, precisando que actualmente é excedida em 30% a capacidade de regeneração do planeta.
"Muito do que Portugal está a fazer pode ser uma inspiração para o resto do mundo", disse, apontando a maior central de energia solar no mundo e o que é feito com a energia das ondas e a energia do vento.
"Os portugueses estão a fazer muito para conseguir o que é preciso", adiantou Rajendra Pachauri, sugerindo um trabalho conjunto "no desenvolvimento do que é chamada a segunda geração da tecnologia dos biocombustíveis".
Os impactos em Portugal das alterações climáticas passarão, segundo o cientista, pela falta de água, secas mais frequentes e mais prolongadas, época de fogos maior e aumento da frequência das ondas de calor, mas também pela redução das áreas aráveis e da biodiversidade, pela diminuição do turismo no Verão e aumento na Primavera e Outono.
Embora notando que o impacto das alterações climáticas será diferente em diferentes zonas do planeta, Rajendra Pachauri salientou que os problemas localizados terão consequências globais.
"Quando o comité Nobel nos deu (também ao ex-vice-presidente norte-americano Al Gore) o prémio da Paz 2007 foi uma clara aceitação do facto de que existe uma forte ligação entre as alterações climáticas e a paz e segurança no mundo", adiantou.
Para limitar o aumento da temperatura é necessário estabilizar a concentração dos gases com efeito de estufa e isso terá que ser feito até 2015, alertou.
Defendendo ser preciso "caminhar muito rapidamente para uma sociedade de baixo carbono", Rajendra Pachauri apelou ao desenvolvimento de "todo o tipo de soluções" e à sua aplicação o mais rapidamente possível, nomeadamente novas tecnologias em energias renováveis, mudanças no estilo de vida e atribuir um preço ao carbono, como "um poderoso sinal ao mercado e aos consumidores".
As medidas eficazes são as que sinalizam o caminho e dão incentivos aos passos correctos, considerou.
Informar e consciencializar as pessoas do que está em jogo, taxar o que prejudica o ambiente e incentivar o que o beneficia deverão fazer parte do caminho a seguir, segundo o cientista.
Diário Digital / Lusa
O galardoado com o Nobel da Paz juntamente com Al Gore em 2007 foi o orador da conferência "Alterações Climáticas e o Desafio do Desenvolvimento Sustentável", iniciativa no âmbito do Programa Futuro Sustentável, lançado em 2007 pelo Expresso e pelo BES.
Segundo Rajendra Pachauri, "a humanidade está a aproximar-se do precipício" e se não mudar os passos cai nele.
A capacidade dos ecossistemas e da sociedade conseguirem absorver a deterioração dos recursos naturais da Terra foi ultrapassada em meados dos anos 1980, assinalou o cientista, precisando que actualmente é excedida em 30% a capacidade de regeneração do planeta.
"Muito do que Portugal está a fazer pode ser uma inspiração para o resto do mundo", disse, apontando a maior central de energia solar no mundo e o que é feito com a energia das ondas e a energia do vento.
"Os portugueses estão a fazer muito para conseguir o que é preciso", adiantou Rajendra Pachauri, sugerindo um trabalho conjunto "no desenvolvimento do que é chamada a segunda geração da tecnologia dos biocombustíveis".
Os impactos em Portugal das alterações climáticas passarão, segundo o cientista, pela falta de água, secas mais frequentes e mais prolongadas, época de fogos maior e aumento da frequência das ondas de calor, mas também pela redução das áreas aráveis e da biodiversidade, pela diminuição do turismo no Verão e aumento na Primavera e Outono.
Embora notando que o impacto das alterações climáticas será diferente em diferentes zonas do planeta, Rajendra Pachauri salientou que os problemas localizados terão consequências globais.
"Quando o comité Nobel nos deu (também ao ex-vice-presidente norte-americano Al Gore) o prémio da Paz 2007 foi uma clara aceitação do facto de que existe uma forte ligação entre as alterações climáticas e a paz e segurança no mundo", adiantou.
Para limitar o aumento da temperatura é necessário estabilizar a concentração dos gases com efeito de estufa e isso terá que ser feito até 2015, alertou.
Defendendo ser preciso "caminhar muito rapidamente para uma sociedade de baixo carbono", Rajendra Pachauri apelou ao desenvolvimento de "todo o tipo de soluções" e à sua aplicação o mais rapidamente possível, nomeadamente novas tecnologias em energias renováveis, mudanças no estilo de vida e atribuir um preço ao carbono, como "um poderoso sinal ao mercado e aos consumidores".
As medidas eficazes são as que sinalizam o caminho e dão incentivos aos passos correctos, considerou.
Informar e consciencializar as pessoas do que está em jogo, taxar o que prejudica o ambiente e incentivar o que o beneficia deverão fazer parte do caminho a seguir, segundo o cientista.
Diário Digital / Lusa
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home