Já estão assustados…

Ainda não passaram 24 horas sobre a nomeação de Ana Gomes como cabeça de lista do PS à Câmara Municipal de Sintra e eis que já se perfilam os primeiros ataques.
Em primeiro lugar afirma-se que foi um processo internamente conturbado. Não sei o que é para o Sr. Vereador Marco Almeida um processo conturbado mas num total de 56 votos existirem 52 a favor da candidatura da Dr. Ana Gomes e do Dr. Domingos Quintas não me parece ser um sinal de perturbação partidária.
E não…
No PS não se vota com o braço no ar.
Sem passarem 24 horas sobre a hora de nomeação já nos aparece um PSD assustado: Vejam bem que não entende o PSD como poderá a Dr. Ana Gomes estar na lista do parlamento europeu e ao mesmo tempo ser candidata à CMS.
Eu explico: ao contrário de outros a Dra. Ana Gomes é uma personalidade querida e disputada por vários fóruns.
Ao mesmo tempo que teve a ambição de transformar Sintra teve também o reconhecimento de ter sido uma grande deputada europeia. Nada mais natural do que submeter ao escrutínio de todos os eleitores o seu trabalho no mandato passado no parlamento europeu.
Que sossegue desde já o PSD. A Dr. Ana Gomes quando ocupou cargos ocupou-os sempre em regime de exclusividade. Quando foi diplomata foi só diplomata. Quando foi dirigente nacional do PS foi só dirigente nacional do PS. Quando foi deputada ao parlamento europeu foi só deputada ao parlamento europeu.
Mas o PS nesta hora tem de se associar ao PSD. Efectivamente a CMS no estado em que será deixada pelo PSD será um desafio hercúleo pelo que só em regime de total exclusividade se poderá endireitar o rumo.
Aproveita ainda a JS de Rio de Mouro para se associar ao Sr. Vereador Marco Almeida na sua reflexão sobre “dois amores”. Gostaríamos muito de ter um presidente que se dedicasse exclusivamente à 2ª maior câmara do país como sugere o Sr. Vereador. Um presidente que não tivesse perdido tempo sendo director de jornais de associações desportivas. Um presidente que nunca tivesse abandonado Assembleias Municipais ou faltado às mesmas por ter compromissos televisivos.
Com este discurso, com este desejo do sr. Vereador, talvez o PS tenha um voto com o qual não contava nas próximas eleições autárquicas.