Intervenção António Luis
Chegou ao nosso conhecimento uma intervenção do deputado municipal António Luís Lopes (militante PS Rio de Mouro) na Assembleia Municipal, que consideramos ser útil divulgar:
"Relativamente à apreciação da Actividade Municipal, infelizmente, pouco há a acrescentar relativamente a anteriores apreciações feitas pela bancada do PS. O relatório apresentado, à semelhança de situações anteriores, configura um mero repositório daquilo que deve constituir a actividade corrente de qualquer município. A obra relevante continua no terreno das promessas e a expressão que mais abunda é a de “obra a iniciar”. Quando?... Talvez um dia, quando a necessária mudança se processar em Sintra.
Na introdução que o Sr.Presidente faz a este relatório existem dois destaques interessantes – até porque dizem respeito a eventos ou situações que aconteceram em Agosto, dizendo este relatório respeito a Maio, Junho e Julho... Por um lado, destaca-se a cooperação que existiu entre a Administração Central e Local no momento do significativo incêndio que atingiu algumas localidades de Sintra. Congratulamo-nos, obviamente, com essa cooperação e com o facto de ter sido possível evitar uma situação mais gravosa, para bem de Sintra e das suas gentes. Diríamos, contudo, que quer a Administração central, quer os protagonistas da administração local, agiram no âmbito daquilo que certamente constituem as suas obrigações e mal seria que alguém, no cumprimento das suas obrigações, julgasse merecer algum destaque particular.
Em segundo lugar, o Sr.Presidente refere um conjunto de iniciativas de índole cultural, já habituais em Sintra. E a referência ao concerto da fadista Mariza não deixa, até, de ser curiosa, tratando-se de uma digressão nacional desta cantora, patrocinada por uma entidade bancária e que abrangeu uma Rota do Património Nacional, desde Sagres a Guimarães, passando por Óbidos, Évora, etc. O que é que isto tem a ver com a “actividade municipal” desenvolvida em Sintra?... – sinceramente, não vislumbramos. Tal como não vislumbramos como é que são consideradas no capítulo das “Iniciativas culturais realizadas e apoiadas”… duas Sessões Ordinárias da Assembleia de Freguesia do Cacém, como vem referido neste relatório!... Parece que há, efectivamente, aqui um conjunto de equívocos.
Mas estes destaques são reveladores. Reveladores de uma realidade concelhia onde, não existindo efectivamente OBRA significativa para sublinhar, se continua a recorrer ao acontecimento, ao que é fugaz, ao que é passageiro, ao que é corrente. Onde, por exemplo, se refere a inauguração de uma exposição sobre Alfredo Keil em Sintra mas se “esquece” que o espólio dele foi cedido à Câmara Municipal de Torres Novas, após anos de contactos entre a família e o município de Sintra, sem que fosse possível obter uma solução. Onde se fala de ainda estar em estudo a requalificação da margem da Ribeira de Carenque, junto á Ilha Mágica – isto é, na Amadora fez-se a Ilha Mágica que agora serve de referência para indicar a outra margem, a margem do lado de Sintra onde, “magicamente”, nada se fez até agora e, pelos vistos, não se fará tão depressa!...
E podíamos prosseguir…
Aliás, Sr.Presidente, que é feito do Plano de Desenvolvimento Estratégico de Sintra 2015, elaborado pela equipa do Professor Braga de Macedo?... Que é feito daquelas “Sintras” todas e das ambições que brilhavam tanto?... Que é feito da articulação com o PDM?... Porque não se nota nada nos sucessivos relatórios de actividade que vão sendo entregues para apreciação desta Assembleia – será que tão relevante estudo jaz morto e arrefecido numa qualquer gaveta municipal?...
Já nem vou abordar a questão da requalificação do nosso Centro Histórico, muito menos do estacionamento nesta zona. Continuamos a aguardar a solução que o Sr.Presidente prometeu, depois de se ter oposto à solução que outros previram, mas que não se concretizou.
Como vê, Sr.Presidente, há muito mais para falar para além das piscinas prometidas para cada freguesia e das já célebres ciclovias, questões com as quais não vou incomodá-lo nesta circunstância.
Sr.Presidente – o senhor já por diversas vezes disse que “estava Presidente, não era Presidente”. Tem Vª Exª toda a razão. Mas para nós, que vamos continuar a SER munícipes deste Concelho depois do Sr. deixar de “estar Presidente” do mesmo, o panorama é desolador em termos de obra e é isso que é óbvio em sucessivos relatórios de actividade e que não podemos deixar de sublinhar uma vez mais."
Só me apetece dizer: Fosse toda a oposição PS assim e…
"Relativamente à apreciação da Actividade Municipal, infelizmente, pouco há a acrescentar relativamente a anteriores apreciações feitas pela bancada do PS. O relatório apresentado, à semelhança de situações anteriores, configura um mero repositório daquilo que deve constituir a actividade corrente de qualquer município. A obra relevante continua no terreno das promessas e a expressão que mais abunda é a de “obra a iniciar”. Quando?... Talvez um dia, quando a necessária mudança se processar em Sintra.
Na introdução que o Sr.Presidente faz a este relatório existem dois destaques interessantes – até porque dizem respeito a eventos ou situações que aconteceram em Agosto, dizendo este relatório respeito a Maio, Junho e Julho... Por um lado, destaca-se a cooperação que existiu entre a Administração Central e Local no momento do significativo incêndio que atingiu algumas localidades de Sintra. Congratulamo-nos, obviamente, com essa cooperação e com o facto de ter sido possível evitar uma situação mais gravosa, para bem de Sintra e das suas gentes. Diríamos, contudo, que quer a Administração central, quer os protagonistas da administração local, agiram no âmbito daquilo que certamente constituem as suas obrigações e mal seria que alguém, no cumprimento das suas obrigações, julgasse merecer algum destaque particular.
Em segundo lugar, o Sr.Presidente refere um conjunto de iniciativas de índole cultural, já habituais em Sintra. E a referência ao concerto da fadista Mariza não deixa, até, de ser curiosa, tratando-se de uma digressão nacional desta cantora, patrocinada por uma entidade bancária e que abrangeu uma Rota do Património Nacional, desde Sagres a Guimarães, passando por Óbidos, Évora, etc. O que é que isto tem a ver com a “actividade municipal” desenvolvida em Sintra?... – sinceramente, não vislumbramos. Tal como não vislumbramos como é que são consideradas no capítulo das “Iniciativas culturais realizadas e apoiadas”… duas Sessões Ordinárias da Assembleia de Freguesia do Cacém, como vem referido neste relatório!... Parece que há, efectivamente, aqui um conjunto de equívocos.
Mas estes destaques são reveladores. Reveladores de uma realidade concelhia onde, não existindo efectivamente OBRA significativa para sublinhar, se continua a recorrer ao acontecimento, ao que é fugaz, ao que é passageiro, ao que é corrente. Onde, por exemplo, se refere a inauguração de uma exposição sobre Alfredo Keil em Sintra mas se “esquece” que o espólio dele foi cedido à Câmara Municipal de Torres Novas, após anos de contactos entre a família e o município de Sintra, sem que fosse possível obter uma solução. Onde se fala de ainda estar em estudo a requalificação da margem da Ribeira de Carenque, junto á Ilha Mágica – isto é, na Amadora fez-se a Ilha Mágica que agora serve de referência para indicar a outra margem, a margem do lado de Sintra onde, “magicamente”, nada se fez até agora e, pelos vistos, não se fará tão depressa!...
E podíamos prosseguir…
Aliás, Sr.Presidente, que é feito do Plano de Desenvolvimento Estratégico de Sintra 2015, elaborado pela equipa do Professor Braga de Macedo?... Que é feito daquelas “Sintras” todas e das ambições que brilhavam tanto?... Que é feito da articulação com o PDM?... Porque não se nota nada nos sucessivos relatórios de actividade que vão sendo entregues para apreciação desta Assembleia – será que tão relevante estudo jaz morto e arrefecido numa qualquer gaveta municipal?...
Já nem vou abordar a questão da requalificação do nosso Centro Histórico, muito menos do estacionamento nesta zona. Continuamos a aguardar a solução que o Sr.Presidente prometeu, depois de se ter oposto à solução que outros previram, mas que não se concretizou.
Como vê, Sr.Presidente, há muito mais para falar para além das piscinas prometidas para cada freguesia e das já célebres ciclovias, questões com as quais não vou incomodá-lo nesta circunstância.
Sr.Presidente – o senhor já por diversas vezes disse que “estava Presidente, não era Presidente”. Tem Vª Exª toda a razão. Mas para nós, que vamos continuar a SER munícipes deste Concelho depois do Sr. deixar de “estar Presidente” do mesmo, o panorama é desolador em termos de obra e é isso que é óbvio em sucessivos relatórios de actividade e que não podemos deixar de sublinhar uma vez mais."
Só me apetece dizer: Fosse toda a oposição PS assim e…
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