quinta-feira, julho 26, 2007

João Soares nega «qualquer deriva autoritária»

O deputado socialista (e vereador da CMS) não concorda com as declarações do ex-candidato presidencial sobre a existência de um clima adverso às liberdades no país.

«Seria a primeira pessoa a protestar se houvesse alguma coisa no país que colocasse em causa a liberdade de expressão», declarou à Lusa o ex-presidente da Câmara de Lisboa e adversário de Manuel Alegre e de José Sócrates na corrida à liderança do PS em 2004.

Em artigo publicado ontem no jornal Público, Manuel Alegre denuncia a existência de «um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até ao bufos da PIDE».

João Soares considerou que «é sempre útil que alguém, escreva sobre os temas do medo e da liberdade», mas negou em absoluto que haja em Portugal «qualquer deriva autoritária».

«Por pura incapacidade, a oposição tem feito passar a ideia de que há uma suposta deriva autoritária no país, empolando casos como o do professor [Fernando Charrua], pessoa perfeitamente situada no PSD», justificou o dirigente socialista.

Segundo João Soares, em matéria de pluralismo, «o principal problema que existe em Portugal está relacionado com a concentração dos meios de comunicação social em poucos grandes grupos económicos».

«Felizmente hoje hà Internet e lá se vai conseguindo tornear esse problema», acrescentou.

Sobre as referências críticas feitas por Manuel Alegre ao clima interno no PS, advertindo que o seu partido «não pode auto-amordaçar-se», João Soares também se demarcou do vice-presidente da Assembleia da República.

«Não fiquei feliz com a escolha que se fez no PS em 2004 [derrota perante Sócrates], assim como não fiquei feliz com o resultados de algumas eleições autárquicas, legislativas ou presidenciais, mas isso nada tem a ver com qualquer clima de menor liberdade», reagiu(...)

Fonte: Jornal Sol



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